Líderes buscam proposta para salvar imagem do Senado

Sem saída para a crise que se instalou no Senado desde as denúncias contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL) os principais líderes políticos ainda estão atônitos e sem propostas para recuperar a credibilidade da instituição. A líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), uma das principais defensoras de Renan, disse que as conversas entre oposição e senadores governistas já apontam para um entendimento que leve em conta a legalidade e a Justiça.

"Precisamos levar em consideração que o Conselho de Ética não é uma CPI nem uma delegacia de polícia. Temos que agir dentro dos limites e não podemos abrir precedentes", disse. "Em caso de crime, o foro não pode ser o Conselho, que não tem a prerrogativa de investigar", completou. A senadora afirmou que a primeira providência para redefinir os rumos do Conselho de Ética passa pela escolha de um novo relator para o processo contra Renan, já que os senadores Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Wellington Salgado (PMDB-MG) renunciaram.

Mas o presidente do Conselho, senador Sibá Machado (PT-AC), continua procurando um nome com credibilidade para relatar o processo. Ideli Salvatti entende que, além de agir dentro das suas limitações legais, o Conselho de Ética não pode condenar por conta de pressões da opinião pública. Um fato que preocupa a oposição é a baixa representatividade do Conselho de Ética. Muitos dos conselheiros indicados pelos líderes da base aliada são suplentes e conhecidos como senadores sem voto. A saída seria reformular o órgão, mas os próprios líderes ficam constrangidos agora de fazer as substituições.

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