Líder tucano também está envolvido

Agência Senado

Eduardo Azeredo: ligações
com Marcos Valério.

Brasília – O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), cobrou do colega Eduardo Azeredo (PSDB-MG) explicações sobre as doações que o empresário Marcos Valério teria feito à campanha dele ao governo mineiro em 1998. ?Apresente-se logo à CPI e acabe logo com essa brincadeira de petistas. Acabe com essa patacoada?, disse. Virgílio rejeitou as comparações do esquema – que teria sido montado para o PT – com as doações realizadas por Valério a políticos mineiros em 1998. O tucano fez discurso na tribuna do Senado, rebatendo as declarações do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).

Além de Azeredo, pelo menos outro tucano se envolveu com o publicitário. Renilda Santiago confirmou à Comissão Parlamentar de Inquérito dos Correios que Pimenta da Veiga, ministro das Comunicações durante o governo Fernando Henrique, recebeu dinheiro de seu marido, o empresário Marcos Valério Fernandes. Respondendo a uma pergunta do deputado Jamil Murad (PCdoB-SP), Renilda disse que o dinheiro pagou honorários advocatícios do ex-ministro. ?Não se tratou de doação ou empréstimo?, garantiu.

A depoente afirmou ainda que o marido nunca recebeu telefonemas de políticos ou empresários em sua residência. Em resposta ao deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG), ela disse que os assuntos das empresas eram tratados por Valério fora de casa.

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, cobrou ontem explicações de todos os envolvidos no esquema de financiamento de campanhas eleitorais através de empréstimos feitos pelas empresas do publicitário Marcos Valério. Ele disse que as investigações deveriam ser feitas em Minas Gerais no período em que os tucanos estiveram no poder e isentou o ex-governador Itamar Franco.

?Eu não devo e não vou falar sobre problemas que envolvem meus antigos adversários e hoje senadores, mas é preciso que a imprensa faça uma investigação sobre as ações que ocorreram em Minas Gerais de 98 para cá, tirando apenas o período Itamar Franco, porque nesse período esse grupo foi retirado do poder. De 94 a 98 e depois de 2002 teve sempre a presença desse grupo atuando no setor de comunicação, de publicidade de um modo geral. Vale a pena uma investigação?, disse Costa.

Documentos revelam que Marcos Valério já tinha feito, em 1998, com a coligação do então governador de Minas, Eduardo Azeredo (PSDB), candidato à reeleição, triangulação semelhante à repetida com o PT. 

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