Brasília – Mal foi criada e a comissão especial da Câmara para analisar a proposta que acaba com a contratação de parentes no serviço púbico – o nepotismo – começa a expor as resistências que o tema enfrenta entre os deputados. O líder do PT na Câmara, Paulo Rocha (PA), adiantou que o projeto, como está, não é justo nem será aprovado, mas se propôs a indicar, imediatamente, os integrantes do partido para não atrasar a instalação da comissão. Rocha considerou que o parente não pode ser favorecido, mas também não pode ser discriminado, repetindo um argumento bastante usado por deputados que não querem acabar com o nepotismo.

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As seis propostas de emenda constitucional (PECs) aprovadas na semana passada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara proíbem a contratação de parentes nos três poderes e nos três níveis: federal, estadual e municipal. Uma das proposições foi apresentado pelo deputado José Dirceu (PT-SP), hoje chefe da Casa Civil. Desde que Dirceu se tornou ministro, a mulher dele, Maria Rita, trabalha em Brasília, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), para onde foi nomeada sem concurso público.

"Hoje, o mais fácil, pelas condições que temos, é proibir tudo (a contratação de parente), mas não é o mais justo e, talvez, não resolva o problema", afirmou o líder do PT na Câmara. Rocha argumentou que o desafio da comissão será o de encontrar um limite. "Assim como não pode haver discriminação por causa da cor ou sexo??, disse.

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