O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), divulgou nota oficial defendendo a demissão de Marco Aurélio Garcia, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Garcia fez gestos obscenos para comemorar a notícia de que uma das possíveis causas do acidente com o Airbus da TAM, em que morreram cerca de 190 pessoas, teria sido um defeito em um dos freios do avião e não a falta de solução governamental para a crise aérea. Também o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissatti (CE), divulgou nota de indignação contra a atitude de Garcia.
"Os gestos obscenos foram a primeira manifestação pública do governo do presidente Lula a respeito da tragédia que enlutou não só as famílias do mortos, mas todos os brasileiros cidadãos honestos e que têm dignidade e sentimentos (à exceção, parece, pelo comportamento de Marco Aurélio, de alguns habitantes eventuais do Palácio do Planalto)", diz a nota.
"Não há desculpa que justifique a cena. Não há atitude que redima o desrespeito com uma nação inteira. Demissão imediata do ministro é o mínimo que o presidente Lula pode fazer para mostrar que ainda temos governo", acrescenta.
A nota de Jereissatti afirma que Garcia e o outro servidor foram "flagrados em explícita cena de regozijo com reportagem que anunciava defeito mecânico na aeronave que vitimou quase duas centenas de brasileiros", e completa:
"O menosprezo ao drama das famílias e a falta de sensibilidade demonstrada repetidamente por membros do governo federal reclamam imediata e enérgica atitude do senhor presidente da República, ao menos exigindo uma pública declaração de desculpas ao povo brasileiro, especialmente aos familiares das vítimas.
