Brasília – O líder do PSB no Senado, Renato Casagrande (ES), defendeu nesta quarta-feira (2) "uma contribuição do Congresso Nacional" no corte de gastos no orçamento de 2008, da ordem de R$ 20 bilhões, anunciado pelo governo federal.

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Na avaliação do senador, os parlamentares poderiam abrir mão das emendas de bancada e suspender investimentos previstos na proposta da orçamento para a execução de novas obras.

Casagrande disse considerar "à primeira vista, adequadas" as medidas anunciadas pela equipe econômica. Integrante da base governista, ele acrescentou que as medidas "apontam para a responsabilidade do governo com o corte de despesas" e também qualificou como acertada a decisão de "aumentar alíquotas de contribuição de setores como as instituições financeiras, que ganharam mais nos últimos anos".

Para Casagrande, são "naturais" as críticas de parlamentares do DEM e do PSDB às medidas anunciadas, tanto no que diz respeito aos cortes de gastos quanto ao uso de R$ 10 bilhões das previsões de receitas para este ano.

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"O governo, nesta hora, tem que ser mais conservador. A oposição, que não tem a tarefa de governar, tem o direito e o dever de ser mais audaciosa", destacou.

O senador acrescentou que a oposição tenta, no momento, "fazer política em cima de um debate" a respeito do ajuste das contas públicas. E avaliou que o governo deve agir com segurança a fim de garantir a confiança dos investidores.

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