Líder do PL defende aliança com Garotinho

Rio (AG) – Um dos possíveis candidatos do Partido Liberal ao Senado, o bispo Marcelo Crivella, da Igreja Universal, disse ontem no Rio de Janeiro que a aliança nacional do PL com o PSB do ex-governador Anthony Garotinho é “a mais coerente com a ética do partido”. Crivella, sobrinho do bispo Edir Macedo, não descartou, porém, o apoio do PT à sua candidatura:

“Se a executiva nacional decidir se coligar com o PT, eu marcharei junto. Acima de minhas convicções pessoais, está a soberania do partido”, comentou o bispo, repetindo discurso que já vem sendo feito por várias lideranças da legenda favoráveis a uma coligação com o PT. No entendimento destas ldieranças, esta aliança seria vantajosa porque o partido poderia se fortalecer politicamente em função das possibilidades de vitória de Lula.

Críticas

Às críticas de políticos do PT, que o acusam de não ter um passado de militância política, o bispo Crivella respondeu que sua vida pública foi pautada por obras assistencialistas: “Minhas atividades sempre tiveram um componente político forte. Fui presidente do diretório da faculdade, missionário na África e construí escolas e creches”, afirmou Crivella.

O bispo admitiu que não tem experiência em política partidária, mas disse que a indicação ao Senado se deveu ao seu engajamento no Projeto Nordeste, que consiste na aquisição de fazendas para produção e venda de produtos agrícolas: “Não faço restrições ao Partido dos Trabalhadores, mas prefiro a aliança com o PSB. Gosto da governadora Benedita e respeito Lula, apesar de divergir de algumas de suas idéias. As resistências ao meu nome têm que ser resolvidas internamente”, afirmou Crivella.

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