Líder do governo no Senado espera que recesso acalme os ânimos

Brasília – O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), acredita que o recesso parlamentar, marcado para 18 de julho, vai acalmar os ânimos na casa. "É preciso calma. É preciso acalmar os ânimos", disse. O senador espera que em agosto seja possível ter uma resposta de perícia da Polícia Federa sob os documentos apresentados pelo presidente da casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao Conselho de Ética.

"Acho que a partir daí tudo deve ser feito com toda tranqüilidade, sem açodamentos, nem pressa de um lado ou de outro", afirmou Jucá. Ontem (12), Renan Calheiros marcou reunião da Mesa Diretora para terça-feira (17). No encontro, deve ser analisado o aprofundamento da perícia nos documentos apresentados pelo presidente do Senado ao Conselho de Ética.

A decisão irritou a oposição, que esperava reunião da Mesa para ontem mesmo e chegou a abandonar o plenário em protesto. Apesar de investigação, cabe à ele marcar reuniões da Mesa Diretora. Na terça-feira (10), Renan chegou a discutir, em plenário, com o líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), e disse que se o desejo dos senadores de cassá-lo "for um desejo for político, oportunista, ocasional", vão ter que "sujar as mãos".

"Vão ter que dizer ao Brasil e ao mundo porque estão tirando o presidente do Senado Federal da sua cadeira", disse. Antes, Arthur Virgílio havia comunicado ao presidente a ponderação quanto a duas petições apresentadas pelos advogados de Calheiros ao Conselho de Ética, questionando os procedimentos do colegiado.

Na opinião dos tucanos, Renan tem todo direito de fazer a sua defesa das acusações que lhe são imputadas, desde que não se utilize da prerrogativa de presidente da Casa.

Renan está sendo investigado após acusações de que teria pago pensão alimentícia a uma filha por meio de funcionário da construtora Mendes Júnior.

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