Líder do governo na Câmara insiste em manter comando de CPI com aliados

O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), insistiu nesta terça-feira (26) na posição de manter a presidência e a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que analisará o uso dos cartões corporativos nas mãos do PMDB e do PT. Fontana argumentou que o regimento define o direito de os maiores partidos da Câmara e do Senado ocuparem esses cargos, o que é uma tradição no Congresso.

Ele afirmou que, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando o PT fazia oposição, as funções sempre ficaram com as legendas governistas. Fontana minimizou o fato de o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ter uma posição diferente e defender a entrega de uma das vagas à oposição.

Segundo o líder do governo na Câmara, ao fim, a administração federal terá uma única posição. "Por enquanto, no entanto, é normal essa discordância", disse. "Temos opiniões diferentes sobre esse assunto. Se abrirmos mão disso (os cargos) poderá significar uma quebra de preceito regimental", disse.

Fontana criticou a possibilidade de duas CPIs, uma mista e a outra apenas no Senado, como propôs a oposição, para analisar a mesma matéria. "Acho um erro fazer duas CPIs sobre o mesmo assunto. Ficaria risível. Imagina o depoente ir um dia numa CPI e no dia seguinte prestar depoimento em outra. Será como uma novela. Cada capítulo passa duas vezes", disse.

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