Líder do governo Fernando Haddad (PT) na Câmara Municipal, o vereador Arselino Tatto (PT) disse que não sabia que o valor anistiado das empresas de cultura durante a votação do projeto de lei de aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para imóveis ociosos era tão alto. “Seguimos as orientações da Secretaria Municipal de Finanças”, disse Tatto.

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“Em votações dessa natureza, o que fazemos é questionar a Secretaria de Finanças, o secretário de Relações Governamentais (que tem a atribuição de negociar com o Legislativo), José Américo, e, dependendo do caso, o prefeito”, afirmou Tatto.

O texto foi aprovado após um dia inteiro de discussões na Câmara, que seguiram até as 2 horas do dia 30 do mês passado. O secretário José Américo esteve pessoalmente no plenário para costurar o acordo.

A votação foi tumultuada. Vereadores da oposição acusaram Haddad de ter feito “contrabando” – a inclusão de um tema que não tem a ver com a natureza do projeto. “Em vez de colocar claramente, o governo optou por fazer contrabando. Cada um desses assuntos merecia uma discussão específica”, disse, no dia da votação, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB). Além da anistia de multas às empresas de cultura, outro “contrabando” prevê redução do Imposto sobre Serviços (ISS) para alguns tipos de empresas.

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Tatto saiu em defesa do governo. “Quando você trata de um imposto, o ISS, você pode tratar de outro imposto, o IPTU. Isso não é contrabando. Haddad está pensando na cidade no futuro, em trazer mais empresas para cá.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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