O líder do DEM, senador José Agripino (RN), disse que a licença do presidente do Senado pelo prazo de 45 dias é resultado de um entendimento entre Renan Calheiros (PMDB-AL) e o Palácio do Planalto para facilitar a aprovação de projetos de interesse do governo como a proposta que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Ressaltou, porém, que não houve acordo com a oposição. "Não temos nenhum compromisso com esse desfecho e a decisão de Renan não gera nenhum compromisso nosso com ele", afirmou.

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Ele acrescentou que o DEM votará nos processos contra Renan Calheiros de acordo com os resultados das investigações. "Não houve qualquer tipo de acordo para esta licença de 45 dias". Segundo o líder, a licença de Renan vai estabelecer um clima de paz no Senado e ajuda a destravar o processo legislativo. Ele lembrou que esta semana não houve no Senado sequer a ordem do dia. Em relação à CPMF, disse que a emenda constitucional tramitará obedecendo os prazos regimentais. Esses prazos, salientou, não serão afetados com a decisão de Renan.

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