Porta-voz de sindicatos que representam ambulantes da Feira da Madrugada, o vereador Adilson Amadeu (PTB) disse na tarde nesta quarta-feira, 29, na Câmara Municipal, que haverá na madrugada novos protestos e “quebra-quebra” nas ruas contra o prefeito Fernando Haddad (PT). A Prefeitura determinou o fechamento até as 18 horas do local onde a “feirinha” funciona, no Brás, na região central de São Paulo, por falta de segurança. No espaço ficam 5 mil boxes e trabalham cerca de 11 mil pessoas.

continua após a publicidade

Amadeu, que é da base governista, chamou a atual gestão de “incompetente” e disse que lojistas do Brás vão ser prejudicados. “O pessoal da feira está articulando protestos, todo mundo vai pra rua de novo. Quero ver o que o prefeito vai dizer quando o pessoal começar a colocar cola na fechadura das lojas, para não deixar mais ninguém abrir no Brás”, discursou Amadeu.

O primeiro protesto contra o fechamento da feira para reforma ocorreu na madrugada desta quarta-feira. Os manifestantes chegaram a fechar a Rua São Caetano e a Avenida do Estado, impedindo o trânsito de veículos. A confusão começou por volta das 3 horas e a PM foi chamada para conter o tumulto. Muitos lojistas seguem neste momento em seus boxes e dizem que não vão sair após o prazo final.

Por volta das 14 horas, um grupo de ambulantes iniciou um protesto em frente ao Tribunal Federal Regional da 3ª Região (TRF3), na Avenida Paulista. A decisão do TRF que determinou o fechamento da Feira da Madrugada atende um pedido da Prefeitura, que alega risco de incêndio e necessidade de reformas no local de 30 mil metros quadrados, na Rua Barão de

continua após a publicidade

Ladário.

“Tem muita gente do interior que vai vir para comprar no feriado, que não sabe que o lugar vai estar fechado. Isso é um erro, vai dar confusão”, disse no plenário do Legislativo o parlamentar do PTB.

continua após a publicidade

Em nota, a prefeitura assegurou o fechamento da Feira da Madrugada nesta quarta-feira. Barreiras de concreto foram colocadas no local, onde os comerciantes já estariam retirando suas mercadorias. O governo garante que vai concluir a reforma do local em 60 dias.