Maceió – O juiz Paulo Zacarias, presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), seqüestrado no domingo, foi libertado ontem e já está com a família. O magistrado foi levado quando saía de uma igreja batista no bairro de Pinheiros, em Maceió.

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Zacarias foi deixado pelos seqüestradores na cidade de Satuba, onde pegou uma van, que atua no transporte alternativo de passageiros, e foi direto para casa, em Maceió. O juiz já foi ouvido pelo delegado Laurentino Veiga, diretor do Tático Integrado de Resgates Especiais da Polícia Civil (Tigre).

Segundo o delegado, um grande efetivo policial segue em diligência para descobrir o cativeiro do magistrado e capturar os seqüestradores. Na madrugada de segunda, a polícia localizou, em Coqueiro Seco, na grande Maceió, o Corolla preto de placa MVJ 0646-AL, de propriedade do juiz, totalmente carbonizado.

A família do magistrado havia pedido à cúpula da segurança pública do Estado que se afastasse do caso. Por isso, não há confirmação se foi pago resgate. Segundo a vice-presidente da Almagis, a juíza Nelma Padilha, a família teria pago R$ 10 mil aos seqüestradores. ?Eles pediram mais, mas se contentaram com R$ 10 mil?, afirmou.

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Magistrados amigos do presidente da Almagis ainda suspeitam que o seqüestro teve motivação política. No dia 3, Paulo Zacarias encaminhou ofício ao presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador José Fernandes de Hollanda Ferreira, solicitando a intervenção do órgão junto ao governo do Estado para garantir a segurança dos juízes ameaçados de morte.

A pedido do governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), o seqüestro de Paulo Zacarias será investigado com a ajuda da Polícia Federal. O secretário estadual de Defesa Social, general da reserva Edson Sá Rocha, disse que a cúpula da segurança pública de Alagoas não descarta nenhuma linha de investigação sobre o caso.

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