Todos os manifestantes detidos durante o segundo ato contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo já foram liberados, segundo informa a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Ao todo, 13 pessoas foram encaminhadas a delegacias por desacato ou porte de objetos como pedras e garrafas.

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Do total, oito manifestantes foram levados para o 78º Distrito Policial (Jardins) e outros cinco para o 2º Distrito Policial (Bom Retiro), na região central da capital paulista. O protesto contou com a participação de cerca de 3 mil pessoas e registrou menos detenções em comparação ao ato da semana anterior, quando 53 foram presos e cerca de 5 mil participaram.

A exemplo do último protesto, a manifestação também registrou tumultos e confrontos entre adeptos da tática Black Bloc e policias militares. Após um primeiro conflito na Rua da Consolação, que resultou em um detido, uma confusão maior aconteceu na frente da Prefeitura. Uma garrafa de vidro e duas pedras foram atiradas contra PMs, que revidaram com balas de borracha e bombas de gás e de efeito moral. Agências bancárias, bancas de jornal e orelhões também foram depredados.

O clima de tensão já era notado antes mesmo da concentração na Avenida Paulista. Para evitar o “catracaço” – a entrada sem pagar -, grupos de policiais se postaram desde as 15 horas nas principais estações de metrô das regiões leste e central. A chuva atrapalhou a formação, que só começou a marchar às 18h30. A polícia revistava pessoas com máscaras e apreendia objetos, “para evitar vandalismo”.

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Nas redes sociais, a Polícia Militar voltou a divulgar imagens dos estragos causados por parte dos manifestantes, mas, dessa vez, sem compará-los a nenhuma facção criminosa. “Vândalos quebram vidro da viatura”, dizia uma das postagens replicadas no Twitter e Facebook da corporação. Já o Movimento Passe Livre (MPL) denunciou a atuação dos policiais em seu site. “Em mais de um momento, cercou manifestantes desarmados e isolados espancando-os coletivamente sem qualquer justificativa e sem que esses manifestantes representassem qualquer ameaça”, escreveu.