Brasília – Depois de 20 anos como uma das principais lideranças nacionais do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, oficializa hoje seu ingresso no Partido Democrático Trabalhista (PDT). Com ele, também estarão se filiando ao partido o deputado licenciado Maurício Quintela (AL), atual secretário de Educação do estado, e o deputado Jurandir Boia (AL). Também hoje, o PDT recebe a filiação do deputado João Fontes, expulso do PT no ano passado por ter descumprido determinações do partido em sucessivas votações na Câmara, entre elas a da reforma da Previdência.
Lessa foi reeleito governador pelo PSB no final de 2002, e deixou a legenda na semana passada, por divergências com o presidente nacional do partido, Miguel Arraes. Ao anunciar a saída do PSB, Lessa adiantou que ingressava no PDT como membro da base aliada do governo federal – mesmo diante da posição do partido, que é de independência em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Meu objetivo no PDT é ser a favor de Lula, ao mesmo tempo convivendo com (o senador) Jefferson Peres (AM), que é contra isso. A minha contribuição no PDT não é para que ele volte a ser da base aliada do Lula, mas um partido crítico", ressaltou Lessa, durante o anúncio de sua saída do PSB. Ronaldo Lessa foi prefeito de Maceió (AL) pelo PSB e, nas eleições de 2002, derrotou o ex-presidente Fernando Collor de Mello na disputa pelo governo do estado, com 52% dos votos.
A bancada do PDT na Câmara conta atualmente com 14 deputados, e passará a ter 16, depois de efetivadas as novas filiações. A filiação de Lessa ocorrerá durante reunião da bancada do partido, marcada para as 14 horas na sede do PDT, em Brasília. Na reunião, os pedetistas vão escolher, entre os deputados Severiano Alves (BA) e Mário Heringer (MG), o novo líder do partido na Câmara. No Senado, os pedetistas devem homologar o nome do senador Osmar Dias (PR) como novo líder do partido, em substituição ao senador Jefferson Peres (AM).
