O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, considerou normal a lentidão da Casa Civil em criar ou ampliar cinco novas unidades de conservação ambiental devido ao interesse do Ministério das Minas e Energia em explorar economicamente as regiões. “Quanto mais pesquisa, ecoturismo, e, em alguns casos, extrativismo, melhor defendida a reserva estará”, disse ele, depois de participar de solenidade de lançamento de carros elétricos na sede da distribuidora de energia Ampla, na região Metropolitana do Rio de Janeiro.

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“O processo de criação de reserva exige uma conversa com os governos e com (o Ministério de) Minas e Energia. Em algumas o MME diz que tem minério, então estamos vendo se tem ou não, numa delas tiramos um pedacinho, demarcamos áreas que não incompatibilize a construção de uma hidrelétrica, se os seringueiros, os castanheiros estão usando para o extrativismo, isso realmente é lento”, afirmou Minc. Ele ressaltou que, em quase um ano no Ministério, já conseguiu aprovar a criação de cinco milhões de hectares de reserva e que, no próximo dia 5, o presidente Lula assinará o decreto criando novas unidades de conservação na Bahia e no Ceará, entre outras.

De acordo com o ministro, não basta criar reservas, é preciso protegê-las. Ele lembrou que, ao assumir a pasta, 52 unidades de conservação não tinham nenhum funcionário e que, das 56 reservas extrativistas, só três tinham plano de manejo. “Hoje todas elas têm pelo menos dois ou três funcionários e encomendamos cem planos de manejo que estão ficando prontos”, disse Minc, acrescentando que o ministério também está firmando convênio com Estados e municípios para a cogestão de áreas de reserva.

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