As mortes provocadas por acidentes de trânsito tiveram redução de 6,2% no período de 12 meses após a Lei Seca, publicada em 19 de junho de 2008, comparando-se o mesmo período anterior à lei. Esse índice representa 2.302 mortes a menos em todo o País, reduzindo de 36.924 para 34.597 os óbitos causados pelo trânsito. Os dados são do Ministério da Saúde.
As maiores reduções ocorreram no Rio de Janeiro (-32,5%), Espírito Santo (-18,4%), Distrito Federal (-17,4%, Alagoas (-17%), Santa Catarina (-12,5%), Bahia (-8,6%), Paraná (-7,7%) e São Paulo (-7%). Ao todo, houve redução de mortes em 17 Estados.
A taxa de mortalidade – que mede o risco de morte em acidentes de trânsito – também caiu. No ano anterior à lei, havia 18,7 mortes por 100 mil habitantes. No período seguinte à publicação da norma, a taxa estava em 17,3 por 100 mil – redução de 7,4%.
O Rio de Janeiro é o Estado com menor taxa de mortalidade do País, com 8,5 mortes no trânsito por 100 mil habitantes. São Paulo tem o maior número absoluto de óbitos (7.150). Está em 21.º lugar no ranking dos Estados, que é encabeçado por Mato Grosso (46,3), Goiás (39,6) e Roraima (34).
O levantamento do Ministério da Saúde aponta para a importância de se manter as campanhas de conscientização e as blitze. Segundo dados do Vigitel, inquérito telefônico do Ministério da Saúde que monitora os fatores de risco para a saúde da população, 2,1% das pessoas relataram terem dirigido após consumo excessivo de álcool em 2007, ano anterior à Lei Seca. Em 2008, quando foi publicada, esse índice caiu para 1,4%. No ano seguinte, houve ligeiro aumento – 1,7% da população relatou ter dirigido após beber. A pesquisa mostra ainda que os adultos de 25 a 34 anos (2,1%) e de 35 a 44 anos (2%) são os que mais conduzem seus carros depois de ingerir bebida alcoólica.