Lei proíbe capacetes em estabelecimentos de São Paulo

Foi sancionada na terça-feira (12) pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) a lei nº 14.955, que proíbe o ingresso de pessoas usando capacetes, “ou qualquer tipo de cobertura que oculte a face”, em estabelecimentos comerciais públicos ou privados do Estado de São Paulo.

De autoria do deputado estadual José Bittencourt (PSD), a lei foi votada na Assembleia Legislativa no final do ano passado e dá aos donos dos estabelecimentos o prazo de 60 dias, a partir desta quarta-feira, para afixarem placa indicativa com a inscrição: “É proibida a entrada de pessoa utilizando capacete ou qualquer tipo de cobertura que oculte a face”.

Terminado esse prazo, será aplicada uma multa de R$ 500 ao estabelecimento que infringir a lei, sendo o dobro para reincidentes. Nos postos de gasolina, a nova legislação prevê que o motociclista retire o capacete “antes da faixa de segurança para abastecimento”.

Em entrevista à Agência Estado, o deputado Bittencourt afirmou que foi motivado por “recorrentes notícias” de pessoas que usam capacetes para encobrir o rosto em ações criminosas. “Se essa prática (encobrir o rosto com o capacete) vinha sendo utilizada para o incremento da violência, (a lei) é uma norma que vem combater isso”, resumiu. Bonés, capuzes e gorros não estão proibidos, desde que não ocultem o rosto da pessoa.

Presidente do Sindicato dos Motoboys de São Paulo, Gilberto Almeida dos Santos considera “válida” a legislação. “Ninguém vai entrar num estabelecimento com capacete a não ser que esteja mal-intencionado. É uma regra básica”, disse.

No entanto, Santos vê “com cuidado” o trecho que veta o capacete após a faixa de segurança nos postos de gasolina. Ele diz que grande parte dos motoboys não retira o capacete nos abastecimentos, para ganhar tempo. “(O autor da lei) teria de ter cuidado ao analisar isso”.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo