Um dos advogados de defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Rogério Neres de Sousa, que já recebeu uma cópia dos laudos, negou que o sangue no carro da família seja de Isabella. ?Isso simplesmente não está no laudo, nunca esteve. Lá está escrito que é impossível determinar de quem é o sangue no carro. Justamente por isso estamos questionando esses métodos?, afirmou Neres. A defesa está reunindo elementos para entrar com uma representação na Corregedoria da Polícia Civil.
Com os laudos em mãos, os advogados tentam encontrar brechas que apontem que a polícia tem provas frágeis contra o casal. Além do sangue, eles contestam o depoimento de vizinhos do Edifício London que citaram uma ?grande discussão? entre Alexandre e Anna Carolina dez minutos antes de a menina ser jogada pela janela do 6º andar.
Segundo os peritos, que cruzaram as informações do rastreador instalado no Ford Ka com o primeiro telefonema dado ao Centro de Operações da PM, o casal ficou 14 minutos no prédio antes de o resgate ser chamado – ou um pouco menos, estimando o tempo que o vizinho demorou para ser avisado e pegar o telefone. Assim como Alexandre sustenta em depoimento que subiu primeiro para deixar Isabella no apartamento, sozinho, a defesa acredita que conseguirá provar que não houve tempo para uma briga. ?Como sempre falamos, a polícia está longe de fechar o caso?, diz Neres. O inquérito deverá ser concluído até segunda-feira (28).