Pelo menos duas informações usadas pela polícia durante o interrogatório do casal Alexandre Nardoni, 29 anos, e Anna Carolina Jatobá, 24, realizado no dia 18, não tinham respaldo do laudo da perícia. Uma delas era a mancha de vômito na camiseta de Alexandre e a outra, as três manchas de sangue no carro da família. Pai e madrasta foram indiciados, logo após o depoimento pela morte da menina Isabella Nardoni, 5 anos, que foi atirada da janela do 6º andar, na noite de 29 de março.

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Uma das perguntas feitas a Alexandre foi sobre a mancha de vômito, que teria sido provocada pela asfixia e esganadura da menina. Só que o laudo do Instituto de Criminalística (IC ) apontou que o exame da ?mancha amarelada? – que, na verdade, foi encontrada na bermuda – era inconclusivo, ou seja, a perícia não conseguiu determinar qual era a substância.

Anteontem, o promotor do caso, Francisco Cembranelli, afirmou que os peritos não chegaram a um acordo sobre a análise do material, supostamente vômito, na bermuda de Alexandre. Quanto às marcas de sangue no carro, a quantidade de material não foi suficiente para ser analisada. Ao ser questionado, Alexandre disse desconhecer as manchas e que levou a menina para o quarto, sem ferimentos. Para Cembranelli, há outras maneiras de provar que o sangue no carro era de Isabella. Uma delas é a própria disposição, fornecida pelo casal, da família dentro do Ka. A prova mais forte, até agora, é a marca da rede de proteção na camiseta de Alexandre. A defesa não quis comentar a estratégia da polícia sobre o vômito na camiseta de Alexandre. Os advogados devem se manifestar nesta quarta-feira (30) sobre a conduta da investigação.

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