O lançamento de um pacote de medidas e investimentos para a área da saúde – o chamado PAC da Saúde -, nesta quarta, no Palácio do Planalto, será um palanque pró-CPMF. Preocupado com a falta de votos para prorrogar o imposto do cheque, o governo mobilizou os governadores para pressionar os parlamentares. Até mesmo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez convites pessoais por telefone para garantir o auditório lotado. Pela contabilidade do Palácio, 23 governadores estarão em Brasília.
Na lista dos ?quase confirmados?, estavam os tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG). Serra, segundo sua assessoria, alegava conflito de agenda para não comparecer: deveria acompanhar a abertura da final da Jornada de Matemática e viajar para Mato Grosso. Mas o Planalto iria insistir uma vez mais.
Para a platéia, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, deverá descrever as linhas gerais da política, prevista para ser executada nos próximos quatro anos. Deverão ser investidos R$ 89 bilhões – R$ 24 bilhões viriam de um porcentual recolhido com a CPMF. Embora o cenário da prorrogação da CPMF não esteja ainda definido, integrantes do ministério consideram certo o aporte de recursos adicionais para a saúde.
Nas conversas com convidados para a cerimônia, o presidente Lula revelou-se otimista quanto à prorrogação da CPMF, mas pediu a todos que insistam com os senadores de seus Estados na necessidade de aprovar a proposta.