A mancha de lama que vinha se espalhando na direção Sul, ao longo do litoral do Espírito Santo, agora está viajando para o Norte, alcançando as proximidades do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul da Bahia. A Samarco, responsável pela barragem de Fundão, que se rompeu em 5 de novembro, foi notificada a iniciar a coleta de amostras na região.

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Embora de forma pouco concentrada, os sedimentos somam uma área de 6.197 km2. A mancha foi detectada durante sobrevoos realizados na segunda e na terça-feira por técnicos do Ibama e do ICMBio.

O “desvio de rota” foi possivelmente ocasionado por um intenso vento sul que se observou na região na última semana. Os testes para confirmar a origem do material devem ficar prontos em 10 dias, mas a presidente do Ibama, Marilene Ramos, afirmou que os técnicos têm “praticamente certeza de que se trata da lama da Samarco”.

Os sedimentos podem impactar a biodiversidade de fitoplâncton, algas e corais de Abrolhos – um dos principais patrimônios ambientais do Brasil. “Ter essa lama no mar é como colocar uma camada de fumaça em cima da Mata Atlântica”, comparou o presidente do ICMBio, Cláudio Maretti.

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O órgão informou que o parque não será interditado, pois o monitoramento das águas tem indicado que não há metais pesados ou substâncias tóxicas na água.

Espírito Santo

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Três praias de Linhares, na região norte do Espírito Santo, foram interditadas pela prefeitura da cidade, nesta quarta-feira, 6. De acordo com o órgão, as praias de Pontal do Ipiranga, Degredo e Barra Seca estão impróprias para banho. Toda região foi afetada pela lama de rejeitos da mineradora Samarco.