Kátia Abreu: reserva legal atrapalha atividade econômica

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), classificou a reserva legal como um “corpo estranho” na propriedade rural que afeta o lucro. Para ela, a reserva tem apenas finalidade paisagística. A reserva legal varia de 20% a 80% do tamanho da propriedade. Na Amazônia é de 80% e na Mata Atlântica, de 20%.

A senadora defende a separação das unidades de produção e de conservação. “Se eu coloco um corpo estranho numa unidade de produção econômica, atrapalho essa engrenagem.” Segundo ela, a preservação deve se dar em parques nacionais, estaduais e municipais. “Se eu começar a fazer unidade de produção dentro do parque, também vai ser um corpo estranho”, argumenta.

A senadora foi a Cancún, cidade sede da Conferência do Clima da ONU (COP-16), para lançar internacionalmente o projeto Biomas – que cria uma rede de experimentação e pesquisa nos seis biomas brasileiros. A proposta é estudar como fazer a restauração e o uso sustentável de áreas de preservação permanente (APPs), como topos de morros, encostas e margens de rios. O custo será de R$ 40 milhões em nove anos.

A senadora diz que a escolha de Cancún se deu pela importância do evento na área ambiental, apesar de a COP-16 estar mais esvaziada que a COP-15. “Queremos que os consumidores brasileiros e estrangeiros fiquem tranquilos. Estamos produzindo com sustentabilidade”, disse.

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