O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, voltou a se mostrar contrariado à manutenção das atividades do shopping Center Norte. Ele lembrou que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) indicou que há risco potencial de explosão. “Nós, oficialmente, fizemos a interdição”, ponderou.
A posição da Prefeitura foi derrubada por liminar judicial concedida na quinta-feira passada. Agora, a Procuradoria Geral do Município (PGM) vai analisar os termos da manifestação do juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública, para recorrer da decisão.
Questionado sobre a possibilidade de uma das unidades do Cingapura, conjunto habitacional popular, vizinha ao shopping também ser fechada por conta do risco de vazamento de gás, Kassab afirmou que o faria com “dor no coração”. “Em nenhum momento abriremos mão da nossa obrigação, que é zelar pela segurança do cidadão”, afirmou. O prefeito ressaltou, entretanto, que os estudos preliminares da Cetesb não indicaram a necessidade de fechamento do local.
Para evitar riscos de explosão, a direção do Center Norte assinou Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) no qual o shopping se compromete a instalar e dar início, em um prazo de 20 dias, um sistema emergencial de drenagem. Ontem, a Cetesb voltou a vistoriar o local e decidiu pela manutenção de multa diária de R$ 17.450. Na vistoria foram feitas medições em 18 poços de monitoramento instalados no piso do shopping, sendo que sete pontos acusaram índices de inflamabilidade, nove com potencial para migração do gás para o ambiente interno e, apenas dois, apresentam condições que dificultam a intrusão de vapores.