A Justiça Federal decretou a quebra do sigilo de 25 linhas de celulares e rádios utilizados pelo delegado Protógenes Queiroz, mentor da Operação Satiagraha – investigação contra o banqueiro Daniel Dantas. A decisão acolhe pedido da Corregedoria da Polícia Federal, que investiga Protógenes por suposta quebra de sigilo funcional, monitoramento clandestino de políticos e autoridades e uso de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no cerco contra o sócio-fundador do Grupo Opportunity.

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A PF requereu acesso aos extratos telefônicos de Protógenes alegando que o objetivo “é reforçar as provas já colhidas no presente feito e para melhor aferir a verdade real dos acontecimentos durante o período dessa parceria espúria com servidores da Abin”. Para o delegado-corregedor Amaro Vieira Ferreira, que conduz inquérito contra o criador da Satiagraha, “se faz necessário um estudo dos contatos que foram mantidos pelo investigado, o que pode ser realizado pela análise dos registros das ligações telefônicas recebidas e efetuadas por ele”.

O corregedor pediu “em regime de urgência” a quebra do sigilo dos registros relativos ao período de fevereiro a agosto de 2008. A Operação Satiagraha foi deflagrada na manhã de 8 de julho, quando Dantas foi capturado no Rio, por ordem do juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Federal de São Paulo.

Lula

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Apesar de saber que Protógenes Queiroz supostamente teria extrapolado os limites durante a investigação do banqueiro Daniel Dantas, Lula teria ficado impressionado com a extensão da ação. O assunto foi tratado ontem durante a reunião de coordenação política do governo, no Palácio do Planalto.