Uma decisão da Justiça do Pará proibiu integrantes do Movimento Xingu Vivo de transitar no local onde é realizada a conferência Xingu +23, evento paralelo ao Rio +20 organizado pelo próprio movimento com o objetivo de protestar contra a hidrelétrica de Belo Monte. A decisão liminar (provisória) foi dada hoje em resposta a uma ação de interdito proibitório da Norte Energia, empresa responsável por Belo Monte.

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O evento ocorre na vila de Santo Antônio, zona rural de Vitória do Xingu (a 945 km de Belém). As casas da vila estão em processo de desapropriação em decorrência das obras de Belo Monte. A empresa diz que há risco de invasão, por integrantes do movimento, de “áreas que já foram adquiridas”, e de que eles “danifiquem o patrimônio existente no local”. O juiz Horácio de Miranda Lobato Neto, da 2ª Vara Cível de Altamira, entendeu que a empresa “demonstrou suficientemente existir uma ameaça iminente de invasão em sua posse dos imóveis”.

Por isso, determinou multa de R$ 1.000 por dia caso os integrantes do movimento entrem em áreas pertencentes à empresa -que já fez acordo para desapropriação de 97% das residências da vila. O Xingu Vivo diz que os argumentos da Norte Energia são “fantasiosos”, e que irá recorrer na Justiça. A Norte Energia não comentou. O evento Xingu +23 começou hoje e vai até domingo.

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