O juiz Márcio Rached Milani, da Justiça Federal de São Paulo, começou na tarde de hoje a ouvir as 11 testemunhas na primeira audiência do processo que apura a responsabilidade dos acusados pelo vazamento das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O vazamento da prova do Enem, em 2009, ocorreu nas instalações da gráfica Plural, na região metropolitana de São Paulo. Cinco acusados – Felipe Pradella, Marcelo Sena Freitas e Filipe Ribeiro Barbosa, Gregory Camillo e Luciano Rodrigues -, foram denunciados.
A Justiça Federal aceitou em dezembro a denúncia por violação de sigilo funcional e corrupção passiva contra os cinco acusados de vazar a prova. Foi rejeitada, porém, a acusação de peculato – furto praticado por servidor público, cuja pena varia de dois a 12 anos.
O Ministério da Educação cancelou o Enem, que aconteceria nos dias 3 e 4 de outubro do ano passado, depois do anúncio sobre a irregularidade. O exame foi realizado nos dias 5 e 6 de dezembro de 2009. Houve abstenção de 1,5 milhão dos 4,1 milhões inscritos.