Os três primeiros pedidos de liminares contra a prisão de membros da chamada máfia dos caça níqueis foram negados nesta sexta-feira (15) pelo desembargador Carlos Stephanini, da 2ª Turma Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Antônio Aparecido Ferreira, Ana Paula Gatti Vital e Dirceu Garcia de Oliveira, todos acusados por formação de quadrilha e crimes de estelionato, entraram na Justiça contra as detenções e tiveram seus pedidos negados.
Segundo o despacho do magistrado, os acusados estão presos em razão da prisão preventiva, "que foi decretada com a devida fundamentação", e não da temporária. Eles fazem parte de um grupo de 19 presos que tiveram a preventiva decretada pelo juiz da 2ª Vara Criminal Federal de Três Lagoas, Albino Coimbra Neto.
Outros nove tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Dalton Igor Kita Conrado, da 5ª Vara Federal de Campo Grande. Todos estão recolhidos no Presídio Federal de Campo Grande, com exceção do médico Hércules Mandetta Neto, que por força do benefício da prisão especial, foi transferido nesta sexta-feira para a carceragem da Polícia Federal.
Considerado o chefão dos cinco grupos que compõem a máfia dos caças níqueis, o ex-deputado pelo Paraná Nilton Cezar Servo também quer sair do Presídio Federal de Campo Grande. O advogado de Servo, Eldes Rodrigues, justifica a transferência alegando seu cliente não foi condenado e por isso, não caberia permanência em presídio.
Apreensões
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, desencadeou a Operação "Game-Over" ontem, começando pela região norte do Estado. Até hoje foram apreendidas 130 máquinas de jogos de azar, entre vídeo-pôquer, vídeo-bingo e caça-níqueis. As apreensões foram feitas nas cidades de Camapuã, Sonora e São Gabriel do Oeste. Doze pessoas tidas como proprietárias de máquinas foram presas.