Os irmãos Christian e Daniel Cravinhos envolvidos no assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002, continuarão na cadeia pelo menos nos próximos 90 dias.

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Em razão de decisão do desembargador Ribeiro dos Santos, presidente da Seção Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, que negou liminar em pedido de habeas-corpus para que fosse imediatamente revogada a prisão preventiva dos dois jovens, decretada pelo juiz Alberto Anderson do 1º Tribunal do Júri.

O próximo passo será o julgamento de mérito do habeas-corpus por três desembargadores de uma das câmaras criminais, o que provavelmente só ocorrerá em 90 dias. O desembargador Ribeiro dos Santos argumenta que a concessão de liminar só é possível nos casos em que há flagrante constrangimento ilegal, o que no seu entender não ocorre.

A defesa alega que o juiz Anderson extrapolou ao decretar a prisão preventiva, pois entrou no mérito da questão, o que nesta altura do processo só é possível ser feito pelos jurados do Tribunal do Júri, que julgarão os Cravinhos

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Os dois irmãos foram enviados de volta à prisão após uma entrevista a uma emissora de rádio em que fizeram apologia do crime e revelaram novos detalhes, reafirmando que Suzane Richthofen, filha das vítimas, foi a mentora do crime

Caso o habeas-corpus venha a ser negado em julgamento de mérito pelos desembargadores, restará à defesa recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, que, em dezembro último mandou libertar os dois acusados, após eles ficarem 3 anos na prisão.

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