O desembargador Damião Cogan negou ontem a liminar no pedido de habeas corpus em favor de Suzane von Richthofen. Ele manteve, assim, decisão do juiz da 1.ª Vara do Júri, Richard Francisco Chequini, que no último dia 10 decretou a prisão preventiva dela. Suzane está envolvida no assassinato dos próprios pais, Manfred e Marise, em outubro de 2002. Eles foram mortos a pancadas e por asfixia por Daniel Cravinhos, namorado de Suzane, e pelo irmão dele, Cristian. Ambos também estão presos preventivamente e o julgamento popular do trio está marcado para o dia 5 de junho.
Em sua decisão, o desembargador destaca que Suzane é ré confessa, e esteve presa por cerca de três anos, durante toda a instrução do processo. Ainda segundo ele, o julgamento de mérito do habeas corpus ocorrerá em breve, perante uma das câmaras criminais, não se justificando sua liberdade provisória, nesta fase.
Domingo, Suzane von Richthofen não recebeu visitas no Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro, onde está detida desde o dia 13. Segundo uma visitante, Suzane recebeu visita no sábado. "Ela tem regalias", disse a moça, que não quis se identificar. Ela afirmou que existe certa animosidade entre as presas e a jovem porque haveria um esquema de proteção especial a Suzane – coisa que direção do C.R. sempre negou.
Para um outro visitante, de Campinas, a segurança no C.R. ficou mais rigorosa após o retorno de Suzane ao local. Ela ficou ali por cerca de dez meses, até ser libertada em junho pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O rapaz disse que não viu Suzane no pátio e que as presas são orientadas pela direção do C.R. a não falar de outras detentas com as famílias.
