Belém – O juiz Lucas do Carmo de Jesus, titular da comarca de Pacajá com jurisdição em Anapú, negou o pedido de soltura em favor de Vitalmiro Bastos Moura (o Bida), um dos acusados pela morte da missionária norte-americana Dorothy Stang. Os advogados Américo Leal e Augusto Septímio requereram ao juiz a liberdade provisória do acusado, na última segunda-feira. Antes de decidir, o juiz despachou ao Ministério Público para formular parecer sobre o assunto. Ele também se manifestou contrário à soltura de Bida. Ao negar o pedido o magistrado destacou que ?o pedido deveria ser de revogação de prisão preventiva, prevista no artigo 316, do Código de Processo Penal e não de liberdade provisória?. Ele lembrou que o réu não foi preso em flagrante, mas por decisão judicial. No despacho prolatado na sexta-feira, Lucas do Carmo manteve a prisão por entender que, ?o crime imputado ao acusado é doloso e punido com reclusão??. Ele também analisou a materialidade do crime tendo em vista que os acusados Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista, após cometerem o crime, foram se esconder na fazenda de Bida. Segundo as declarações prestadas em juízo pelos acusados, o outro réu, Amair Feijoli Cunha (o Tato), também fez o mesmo. Ainda, no despacho o juiz explicou que, como consta nos autos ?a vítima contrariava interesses de Vitalmiro Bastos Moura, sendo certo, também, que logo após a consumação do crime este empreendeu fuga?. Outra materialidade do envolvimento de Bida foi a arma usada no crime, encontrada na terra do fazendeiro.
