São Paulo (AE) – A Justiça deu ontem as primeiras liminares para a desocupação das fazendas invadidas durante o carnaval por integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) e sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) no oeste do Estado de São Paulo. As liminares foram concedidas em ações de reintegração de posse movidas pelos donos das terras.

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Até o fim da tarde, tinham sido dadas as ordens de despejo das fazendas Santo Antonio, em Piquerobi, Água Limpa, em Presidente Epitácio, e Santa Lourdes, em Flora Rica. A fazenda Cachoeira, em Itapura, a última a ser invadida, foi a primeira a ser desocupada, quarta-feira. Nesse caso, os invasores saíram sem esperar a liminar de reintegração.

De acordo com o advogado da União Democrática Ruralista (UDR), Joaquim Botti, os juízes estavam autorizando o emprego de força policial para o despejo, caso os sem terra se recusem a cumprir a ordem de desocupação.

O líder do MST, José Rainha Júnior, descartou a hipótese de resistência. ?Vamos cumprir as ordens de reintegração.? Ele considerou que as invasões tinham cumprido a finalidade de chamar a atenção do governo para a ?falta? de reforma agrária na região. ?Sinalizamos a existência do problema e agora todo mundo está preocupado. Vamos esperar que venham as soluções, não só a polícia.

Manifesto

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Os fazendeiros vão se reunir hoje, em Presidente Prudente, para discutir a nova onde de invasões deflagrada pelo MST, agora com o apoio da CUT. De acordo com o presidente da UDR, foram convidados dirigentes de sindicatos e associações de produtores rurais do Pontal do Paranapanema e de todo o oeste paulista.

A regularização fundiária da região também está na pauta do encontro. Os ruralistas pretendem elaborar manifestos dirigidos ao governador do Estado, José Serra, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alertando para o risco de conflitos na região.

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