Os gastos com o cartão corporativo não são privilégio do Executivo. De janeiro a 22 de agosto, os servidores de 53 unidades do Judiciário federal gastaram R$ 1,3 milhão com cartões. Desse montante, 63% foram sacados na boca do caixa, em espécie – o equivalente a R$ 841 mil -, segundo levanto feito no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), a pedido do Estado, pela assessoria de Orçamento da liderança do DEM no Congresso.
Há registro de uso dos cartões em 19 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs), 16 unidades da Justiça Federal de primeiro grau 13 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), 2 Tribunais Regionais Federais, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal de Justiça do Distrito Federal e na Vara de Infância e Juventude do Distrito Federal. Apenas no Ceará e em Roraima não houve esse tipo de gasto.
O uso dos cartões corporativos é ainda pouco conhecido até mesmo dentro do Judiciário. Foram criados para pequenas compras de bens e serviços de pronto pagamento e de entrega imediata, enquadrados como suprimento de fundos, de acordo com o texto da lei. Ao contrário do Poder Executivo, no Judiciário não há nenhuma regulamentação específica. No Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Conselho da Justiça Federal (CJF) não existem normas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo