O Tribunal de Justiça do Rio determinou no início desta noite a penhora da conta corrente da VarigLog a pedido da Varig antiga, que permanece em recuperação judicial com a marca Flex. A informação é do advogado da Flex, José Alexandre Meyer, do escritório Motta, Fernandes Rocha Advogados. Segundo ele, o Banco Central será comunicado e a penhora será feita "online", com o objetivo de saldar uma dívida de R$ 37 milhões. A VarigLog informou que só se pronunciará após ser comunicada oficialmente.

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A decisão é da juíza Márcia Cunha, que acompanha a recuperação judicial da Varig antiga. Segundo Meyer, ela também determinou a indisponibilidade das ações da Gol que foram dadas à VarigLog como forma de pagamento pela venda da Varig, realizada em abril do ano passado por US$ 320 milhões. São 6 milhões de papéis que já foram bloqueados judicialmente a pedido do fundo americano de investimentos Matlin Patterson, que trava duelo judicial com seus sócios brasileiros na VarigLog.

A indisponibilidade das ações, diz Meyer, é para garantir o recebimento do dinheiro, caso não haja saldo suficiente para pagar os R$ 37 milhões. Essa dívida, reconhecida em balanço da VarigLog, refere-se ao período em que ela alugava os porões dos aviões da Varig antiga para transportar carga.

"A Volo do Brasil, controladora da VarigLog, afirma que, desde meados de 2007, o fundo de investimentos Matlin Patterson diverge da visão de longo prazo e tenta tomar para si todo o controle da companhia, por meio de uma campanha para sufocar financeiramente e operacionalmente a empresa, desestabilizar sua gestão e atacar a credibilidade dos acionistas brasileiros", informou a VarigLog.

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