A Justiça determinou nesta terça-feira (3) a quebra dos sigilos telefônico e digital dos acusados de integrar a rede de pedofilia de Catanduva, no interior de São Paulo. Entre os acusados estão um médico, um empresário e um comerciante. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia também vai decretar a quebra dos sigilos de pelo menos 20 linhas de acusados, de familiares de vítimas e de outros suspeitos. Segundo o promotor Carlos Fortes, que assessora a CPI, o pedido será analisado ainda nesta semana. A Comissão será instalada em Catanduva na quarta-feira.
Os acusados também terão seus arquivos digitais vistoriados. O Ministério Público e a CPI vão requerer aos provedores o conteúdo das páginas no site de relacionamento Orkut e troca de e-mails de alguns envolvidos, entre eles W.M.S., 19 anos, sobrinho do borracheiro J.B.N.M., que está preso acusado de abusar de pelo menos 14 crianças.
O borracheiro recusou nesta terça-feira a proposta de delação premiada feita pelo senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia no Senado. Malta se reuniu com o acusado, mas não conseguiu convencê-lo a falar na CPI em troca de benefícios judiciais. “Dei uma semana para ele pensar bem. De qualquer maneira, ele será convocado pela CPI e será condenado pela Justiça, assim como seus comparsas”, disse Malta.