São Paulo (AE) – A advogada Carla Cepollina, acusada de matar o namorado, o coronel Ubiratan Guimarães, não tem direito a habeas corpus preventivo. A decisão unânime foi tomada ontem pela 9.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. Votaram os desembargadores Souza Nery, Rene Nunes e Roberto Midolla.
O habeas corpus preventivo é usado quando há risco de prisão do acusado. A mãe de Carla, a advogada Liliana Prinzivalli, alegou no pedido que sua filha está sofrendo coação ilegal. Carla foi indiciada no dia 27 do mês passado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil (ciúme) e sem possibilidade de defesa da vítima.
Peritos do Instituto de Criminalística concluíram que Carla Cepollina estava no apartamento de Ubiratan quando ele foi morto e que o coronel foi assassinado com a própria arma, um revólver 38, que desapareceu de seu apartamento após o crime. Para o delegado Armando de Oliveira da Costa Filho, chefe do DHPP, as evidências que pesam contra Cepollina o levaram a concluir o inquérito contra a acusada.
Deputado estadual, Ubiratan era candidato a novo mandato e foi o líder da polícia na invasão do Carandiru, que culminou na morte de 111 presos.
