A Justiça de Minas Gerais determinou a realização de reconstituição do crime no processo que apura a agressão sofrida pela apresentadora Ana Hickmann em um hotel de Belo Horizonte em 21 de maio do ano passado. No episódio, o cunhado dela, Gustavo Henrique Bello Correa, matou Rodrigo Augusto de Pádua, suposto fã da apresentadora, que invadiu o quarto de Ana para assassiná-la, conforme investigações da Polícia Civil. Correa poderá ir a júri popular. O processo está em fase de instrução.
Em 7 de julho do ano passado, o Ministério Público de Minas Gerais apresentou denúncia por homicídio doloso, quando há intenção de se cometer o crime, contra o cunhado da apresentadora Ana Hickmann. A denúncia foi em sentido oposto do que a Polícia Civil apontou em investigação. Em 20 de junho, o delegado responsável pelo caso, Flávio Grossi, pediu o arquivamento do inquérito alegando que o cunhado da apresentadora teria agido em legítima defesa. Pádua foi morto com três tiros na nuca, depois de lutar com Correa.
Na denúncia, o promotor do Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, Francisco de Assis Santiago, aponta que Correa, ao iniciar embate corporal com Pádua, agiu em legítima defesa, mas excedeu essa condição e praticou homicídio doloso. A principal prova disso, para a Promotoria, são os três tiros dados na nuca do suposto fã da apresentadora. O agressor chegou ao quarto depois de render Correa e o obrigar a levá-lo até o quarto de Ana Hickmann, que estava com uma assistente. Os três foram mantidos sob a mira de um revólver.
O pedido para a realização da reconstituição foi feito pela defesa de Ana Hickmann. A Promotoria foi contra, mas a juíza responsável pelo caso, Analin Aziz Sant’ana, deferiu o pedido. A defesa da apresentadora solicitou ainda que a reconstituição fosse feita por peritos de São Paulo. A Promotoria foi contra e a juíza negou o pedido, determinando que o procedimento seja feito por técnicos de Belo Horizonte.