A Justiça do Maranhão condenou dois dos 11 acusados de matar o jornalista e blogueiro maranhense Aldenísio Décio Leite de Sá, em abril de 2012. Assassino confesso de Décio Sá, Jhonathan de Sousa Silva foi condenado a 25 anos e três meses de prisão em regime fechado. Marcos Bruno Silva de Oliveira, piloto da moto em que Silva fugiu após balear o jornalista, foi sentenciado a 18 anos e três meses. Os outros nove réus ainda vão ser julgados.

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As penas por homicídio e formação de quadrilha foram anunciadas nas primeiras horas de hoje (5), pelo juiz da 1º Vara do Tribunal do Júri de São Luís, Osmar Gomes dos Santos. Inicialmente, Jhonathan Silva deverá ser levado de volta para o presídio federal de Campo Grande (MT), onde já estava preso desde junho de 2012 e de onde saiu no último domingo (2), sob forte esquema de segurança, para ser julgado em São Luís. Oliveira já estava detido na capital maranhense, onde cumprirá sua pena.

Repórter de política de O Estado do Maranhão, da família do senador José Sarney (PMDB-AP), e responsável pelo Blog do Décio, um dos mais acessados do estado, o jornalista Décio Sá foi morto com seis tiros de pistola, na noite de 23 de abril de 2012, em um restaurante da movimentada Avenida Litorânea.

 

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As investigações indicam que Décio Sá pode ter sido executado por denunciar a existência de um esquema de agiotagem, desvio de recursos públicos e extorsão. Em agosto de 2012, o Ministério Público denunciou 12 pessoas pelo crime. Além de Silva e de Oliveira, foram pronunciados Shirliano Graciano de Oliveira, José Raimundo Sales Chaves Júnior, Elker Farias Veloso, Fábio Aurélio do Lago e Silva, Gláucio Alencar Pontes Carvalho, José de Alencar Miranda Carvalho, Fábio Aurélio Saraiva Silva, Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros. O advogado Ronaldo Henrique Santos Ribeiro foi inocentado após a Justiça concluir não haver indícios suficientes que indicassem sua participação no esquema.

 

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Em depoimento após ter sido preso, Jhonathan Silva confessou que, um mês antes de assassinar Décio Sá, matou também o empresário Fábio Brasil. Segundo Jhonathan, os dois crimes foram negociados com o empresário José Raimundo Alves Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, acusado pelo Ministério Público do Maranhão de encomendar as mortes e alojar o pistoleiro antes da morte do jornalista.