A Justiça de Osasco autorizou a quebra do sigilo telefônico do estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido como Cadu, assassino confesso do cartunista Glauco e seu filho Raoni. Segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a medida também abrange o sigilo telefônico de Felipe Iasi, que dirigiu o carro até o local do crime.
A polícia afirmou que havia pedido a quebra do sigilo telefônico para identificar as chamadas feitas e recebidas dos envolvidos no caso. A Justiça vai mandar o pedido para as operadoras e esperar que os dados sejam enviados à polícia.
Glauco e Raoni foram mortos a tiros na chácara onde moravam, em Osasco, na Grande São Paulo, na madrugada do dia 12. Cadu está preso na Delegacia da Polícia Federal no Paraná. Ele confessou ter cometido o crime, mas Iasi enfatizou em depoimento que foi sequestrado e obrigado a levar Cadu ao local do crime.
O rastreamento das antenas de celulares da região indica que Cadu levou 9 minutos para percorrer uma distância de 9 quilômetros entre a chácara do cartunista e a Avenida das Comunicações, no bairro Iapi. O trajeto feito em tão pouco tempo seria impossível de ter sido feito a pé. A quebra do sigilo telefônico pode ajudar a esclarecer o fato.
Na noite de ontem, amigos e parentes participaram da missa de sétimo dia de Glauco e Raoni. A celebração ocorreu no Santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na zona oeste da capital. A missa foi organizada pela primeira mulher do cartunista, Érica Ornellas, de 45 anos, mãe de Raoni.