A Justiça atendeu pedido do Ministério Público (MP) de São Paulo e determinou o afastamento da prefeitura de Araçariguama, Lili Aymar (PDT), pelo prazo de seis meses. A Promotoria alega que as funções na chefia do Executivo eram exercidas, de fato, pelo marido dela, o ex-prefeito Carlos Aymar, preso desde o último dia 14, após ser flagrado cobrando propina para autorizar um empreendimento habitacional na cidade do interior paulista.

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O vice João Batista Correia Junior, o Joca, do MDB, assumiu a prefeitura na manhã desta segunda-feira, 21. A defesa da prefeita afastada informou que vai entrar com recurso.

De acordo com o MP, Carlos Aymar já foi condenado em outra ação por improbidade administrativa, ficando inelegível até 2030. Impossibilitado de concorrer à prefeitura, ele teria lançado a própria mulher. Após a eleição, no entanto, era ele quem desempenhava a função de administrar a cidade, diz o MP. Vereadores relataram que, em reuniões com a prefeitura, era Carlos quem tratava dos assuntos municipais. Postagens dele próprio em redes sociais mostraram o ex-prefeito em inaugurações, compromissos oficiais e viagens à Brasília, em busca de recursos para o município.

Ainda segundo a denúncia, quando foi flagrado recebendo R$ 14 mil como sinal de um pagamento de R$ 2 milhões que exigia para autorizar o empreendimento, Carlos Aymar ocupava uma sala no interior da prefeitura, mesmo sem ter qualquer vínculo oficial com a administração. Ele e o então secretário de governo, Israel Pereira da Silva, negociavam diretamente com uma empresária o pagamento da propina. Israel também foi preso.

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Lili e o ex-prefeito são alvos de ação por improbidade administrativa. Os promotores pedem a condenação de ambos e que sejam compelidos a reparar os prejuízos causados ao erário.

Lili já havia sido afastada pela Câmara em fevereiro deste ano, por suposto uso irregular de verbas públicas, mas voltou após conseguir liminar na Justiça. A defesa da prefeita afastada informou que entrará com recurso para que volte ao cargo, já que o afastamento, na sua opinião, não se justifica. Os defensores de Carlos Aymar e do ex-secretário, que se dizem inocentes, também tentam reverter as prisões deles, através de recursos na Justiça.

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