Rio – O presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), negou ontem que soubesse da existência de 39 empregados em situação de trabalho escravo na sua propriedade, em São Félix do Araguaia, no Mato Grosso. Ele disse que, em 20 anos como produtor rural, nunca sofreu ação trabalhista. “Minha mãe costumava sentar à mesa com os empregados da fazenda”, defendeu-se. Picciani pagou R$ 150 mil em dinheiro de direitos trabalhistas aos empregados, que foram libertados, e responderá por processo criminal e por danos morais, segundo informou o assessor da Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho, Marcelo Campos. A pena por manter pessoas em trabalho forçado varia de 2 a 8 anos de prisão. Picciani foi avisado de que fiscais do Ministério do Trabalho haviam encontrado os empregados em “condições degradantes” de trabalho na sua fazenda terça-feira.

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