São Paulo – A Justiça de Itapecerica da Serra aceitou ontem o aditamento à denúncia apresentada pelo Ministério Público sobre o caso do assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. No novo documento, o MP apresenta o empresário Sérgio Gomes da Silva como mandante do crime. A família de Celso Daniel entrou com um pedido de fim do segredo de Justiça no caso, mas o pedido foi negado ontem. Celso Daniel foi seqüestrado dia 18 de janeiro de 2002 quando saía do restaurante Baby Beef Rubaiyat, na zona sul de São Paulo, em companhia do empresário. Dois dias depois, o prefeito foi encontrado morto em Juquitiba, a 78 quilômetros de São Paulo. Policiais encontraram o corpo com várias perfurações de bala na Estrada das Cachoeiras, no bairro do Carmo, altura do quilômetro 328 da Rodovia Régis Bittencourt. As provas contra Sérgio estão baseadas principalmente no depoimento de Feitosa, que foi resgatado por um helicóptero do presídio de Guarulhos em uma ação espetacular, junto com Dioniso Severo, em 17 de janeiro de 2001, véspera do seqüestro de Daniel. Por meio de uma anotação de números de telefones, os promotores ligaram Dioniso aos homens da favela Pantanal, que estão presos pela ação que culminou com a morte do prefeito. Segundo o depoimento de Feitosa, após o resgate, Dioniso o teria levado direto para a casa de parentes no município de Taboão da Serra, onde ele teria presenciado duas reuniões que tratavam dos planos de assassinar Celso Daniel. Um dos encontros teria sido confirmado por parentes de Dioniso aos promotores. Dioniso foi morto no CDP do Belém dois dias depois de ter declarado que falaria sobre o caso em juízo. Os acusados detidos negam o envolvimento de Dioniso.
Justiça acata denúncia contra empresário
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