Justiça acata denúncia contra 18 por tráfico de mulheres

A Justiça Federal acatou ontem denúncia do Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP), feita na semana passada, contra 18 suspeitos de integrar grupos de tráfico de mulheres brasileiras para o mercado de prostituição de alto luxo no País e no exterior. Todos foram detidos durante a Operação Harém, da Polícia Federal (PF), no dia 1 de agosto. O grupo chegava a mandar cerca de 200 mulheres por ano para os Estados Unidos e a Europa. Algumas delas trabalhavam em cassinos, hotéis e boates da cidade norte-americana de Las Vegas.

No processo criminal, além do tráfico internacional e interno de pessoas com fins de prostituição, os acusados também deverão responder por rufianismo (tirar proveito de prostituição alheia), formação de quadrilha e favorecimento à prostituição. Segundo a denúncia, seis grupos atuavam no esquema, sendo três deles no Brasil, onde ficava o núcleo central responsável pelo agenciamento e aliciamento das mulheres. Elas eram enviadas para Estados Unidos, Caribe e França, onde ficavam os outros três grupos.

Segundo o MPF, as mulheres agenciadas eram escolhidas pelos clientes mediante um álbum eletrônico com fotos das garotas de programa. As imagens ficavam em uma conta e-mail e eram disponibilizadas aos clientes por meio de senha. As fotos também poderiam ser levadas pessoalmente ao cliente por um motoboy, ou, no caso de estrangeiros que chegavam ao Rio de Janeiro, pelas próprias aliciadoras.

No exterior, as mulheres eram recebidas por outros aliciadores e as hospedavam numa casa ou em um resort. No Brasil, além do núcleo central na capital paulista, havia outros dois, um também em São Paulo e outro no Rio de Janeiro, todos responsáveis por aliciar mulheres e enviá-las para o exterior ou mesmo para outros Estados do País.

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