A 2.ª Vara Criminal Federal de Curitiba recebeu as ações penais formuladas pelo Ministério Público Federal contra Antônio Oliveira Claramunt e ainda a que apresenta como acusados Samuel Semtob Sequerra e Jan Sidney Murachovsky (por crimes contra o sistema financeiro) e Antônio Oliveira Claramunt (por crime de quadrilha).

Segundo as ações penais, os acusados operariam no mercado de câmbio paralelo com contas mantidas no exterior que seriam administradas pela Beacon Hill Service Corporation no banco JP Morgan Chase de Nova York, e ainda na agência do Banestado em Nova York. Claramunt seria responsável pelas contas “Lisco Overseas” e “Miro”, com movimentação de cerca de US$ 191.697.604,92 no período de 1997 a 1999, e US$ 5.264.209,62, nos anos de 1997 e 1998, respectivamente.

Sequerra e Murachovsky seriam responsáveis pela contas “Laurel” e “Sinkel” e teriam movimentado cerca de US$ 137.510.556,23 no período de 1997 a 2002 e US$ 171.281.458,51 no período de 1999 a 2002, respectivamente. Semtob também teria movimentado cerca 75,9 milhões de dólares no período de 1996 a 1997 através de conta mantida na agência do Banestado em Nova York.

Segundo a acusação, as contas seriam utilizadas pelos acusados para operações de câmbio à margem do sistema oficial, com compra e venda de dólares não-autorizada em espécie ou por compensação, com entrega de dólares através de depósito em conta no exterior em contrapartida a pagamento de reais no Brasil ou vice-versa. Ilegais, estas operações seriam mantidas à margem da contabilidade oficial ou de qualquer controle por parte das autoridades públicas brasileiras, constituindo ambiente propício à sonegação fiscal, evasão de divisas e ainda lavagem de dinheiro.

Prisão preventiva

Os acusados foram presos preventivamente durante a Operação Farol da Colina, estando desde então recolhidos à prisão.

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