O mercado de juros tentou aproveitar a véspera de feriado para ampliar um pouco as fichas na aposta de que o Comitê de Política Monetária poderá cortar a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual em sua próxima reunião. A deterioração das bolsas de valores na parte da tarde desta quinta-feira (11), porém, levou as taxas futuras às cotações máximas do dia.
O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010, por exemplo, chegou a operar com taxa de 11,19% bem abaixo dos 11,26% projetados no encerramento dos negócios ontem, mas depois subiu e fechou a 11,27% ao ano. A taxa do DI para janeiro de 2008, a mais negociada hoje e que melhor reflete as apostas na Selic, fechou em 11,05%, estável.
Por volta das 16 horas, enquanto o mercado de juros encerrava seus negócios, a Bolsa de Valores de São Paulo cedia 0,52%, depois de ter avançado hoje 1,54%. Os principais índices acionários de Nova York também oscilavam no terreno negativo, após dois deles terem renovado hoje sua pontuação máxima histórica.
A oscilação se justifica pela cautela e pela realização de lucros. À espera da divulgação, amanhã, de um importante índice de preços no atacado norte-americano, os investidores concluíram que os novos ganhos desta manhã transformavam a sessão da tarde em uma boa oportunidade para vender ações e embolsar os lucros.
Antes disso, contudo, o mercado de juros tinha taxas em baixa, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, divulgado ontem, que mostrou alta mais modesta do que o previsto. O indicador subiu 0,18%, ante projeções que variavam entre 0,19% e 0,29%.