Lins e Silva (dir) em nomeação para conselho. |
Rio
– O jurista Evandro Lins e Silva, de 90 anos, advogado que participou do processo de impeachment do presidente Fernando Collor no Congresso, em 1992, está internado em estado grave na Clínica São Vicente, na Gávea, na zona sul do Rio. Também membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Lins e Silva está em coma, provocado por traumatismo craniano, que sofreu depois de escorregar e bater com a cabeça no meio-fio, em frente ao Aeroporto Santos Dumont, na noite de quinta-feira. Lins e Silva havia acabado de chegar de Brasília, onde fora nomeado conselheiro da República pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.Ocupante da cadeira número um da Academia Brasileira de Letras (ABL), o jurista foi socorrido por funcionários da Infraero e atendido no posto médico do aeroporto. Lins e Silva foi levado inicialmente para o Hospital Souza Aguiar, onde foi submetido a uma cirurgia, e transferido depois para a Clínica São Vicente, na Gávea. O advogado está com um edema, que está aumentando a pressão no interior do crânio.
Eleito para a ABL em 16 de abril de 1998, Lins e Silva tomou posse em 11 de agosto do mesmo ano. Foi correspondente da ONU no Brasil para matéria penal e penitenciária, procurador geral da República e chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, entre 1961 e 1963. Foi também ministro das Relações Exteriores e ministro do Supremo Tribunal Federal – de setembro de 1963 a janeiro de 1969.
É autor dos livros “A Defesa tem a Palavra”, “Arca de Guardados” e “O Salão dos Passos Perdidos”. Evandro Lins e Silva também foi fundador do Partido Socialista Brasileiro, em 1947, juntamente com João Mangabeira, Hermes Lima, Domingos Velasco, Alceu Marinho Rego, Rubem Braga e Joel Silveira.