O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, defendeu nesta sexta-feira, 15, que a intervenção federal no Rio de Janeiro, atualmente prevista para terminar ao fim deste ano, seja prorrogada até o fim de 2019. “Eu tenho certeza de que esta reestruturação das polícias que é feita aqui pelas Forças Armadas está no bom caminho. Mas se você pensar que Medelin precisou de oito anos, Bogotá precisou de nove anos, Cidade Juarez precisou de cinco anos, eu entendo que, se não na total intensidade, pelo menos deveria continuar por mais algum tempo”, disse.

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Para se concretizar, a prorrogação precisaria ser solicitada pelo futuro governador do Estado do Rio e autorizada pelo próximo presidente da República. “Dado o avanço que vai acontecer, acredito que o futuro governante do Rio de Janeiro agiria de bom senso se dispuser-se a prolongar pelo menos por mais um ano esta intervenção. Porque é o tempo necessário para que a gente possa concluir o legado. Se nós tivermos mais tempo, melhores resultados virão”, disse Jungmann.

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O ministro esteve no Rio de Janeiro para acompanhar um evento no Comando de Operações Navais sobre o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, que inclui toda a costa marítima brasileira, incluindo a Baía de Guanabara.

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Jungmann afirmou que não chegou a debater a continuidade da intervenção com nenhum pré-candidato à presidência ou ao governo fluminense. Segundo Jungmann, a prorrogação por mais um ano foi uma sugestão do governador Luiz Fernando Pezão (MDB), com a qual ele concorda. “Acho que vai apresentar resultados, os dados (da criminalidade) vão continuar caindo. Mas se você imaginar o grau de sucateamento a que chegou o sistema de segurança do Rio de Janeiro, a gente tem que dar mais tempo ao tempo, para reciclar, formar, qualificar, para equipar esse pessoal, para retreinar, para dar um senso de autoestima a essa polícia”, afirmou.

O ministro informou que, do R$ 1,2 bilhão prometido pelo governo federal para a intervenção federal na segurança do Estado do Rio, R$ 400 milhões já foram licitados ou empenhados. Segundo Jungmann, a mudança na legislação que transferiu parte dos recursos arrecadados com jogos à segurança pública representará este ano R$ 800 milhões para o setor e R$ 4,3 bilhões até 2022.