O conselho de administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta sexta-feira, 9, uma linha de crédito, o BNDES Segurança, que destinará R$ 42 bilhões a Estados (R$ 32 bilhões) e municípios (R$ 10 bilhões).
Após se reunir com o presidente do banco, Paulo Rabello de Castro, no Rio, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que dos 27 Estados, sete já podem operar diretamente com o BNDES. Outros 14 dependem do aval da União para ter acesso ao dinheiro e seis não terão acesso.
Entre as capitais, 22 vão poder operar diretamente com o BNDES, informou Jungmann. Ele não detalhou, no entanto, as condições da linha de crédito e os Estados e municípios que não vão poder acessar a linha de crédito e se o Rio de Janeiro está entre eles.
O ministro anunciou ainda que vai liberar recursos novos para as áreas de segurança e social. A divulgação e o detalhamento acontecerá nos próximos dias. Além disso, o governo conta com mais R$ 211 milhões para financiar projetos de segurança. O primeiro deles deve ser aprovado em maio ou junho. Não foi informado, porém, se será via BNDES.
O banco já se comprometeu a liberar R$ 20 milhões a fundo perdido para a realização de um censo do sistema carcerário.
Em uma breve coletiva de imprensa, Jungmann afirmou que o crime organizado já sente efeitos da intervenção militar no Rio. “Não adianta nos desafiar. Temos determinação e recurso para ficar”, afirmou, acrescentando que não acredita que as Forças Armadas tenham cometido qualquer excesso desde que chegou à cidade. “Se aconteceu, tem que ser apurado e punido”, disse o ministro.
Jungmann destacou ainda que o governo vai lançar edital em breve para contratar 1.000 agentes para a Polícia Federal e para a Polícia Rodoviária Federal.