O julgamento do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que ocorreria hoje, foi adiado para o dia 5 de novembro. Ele é acusado de matar um carcereiro em maio de 2000, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O júri foi adiado porque o advogado de defesa não compareceu. Ele teria alegado que precisou participar de uma audiência em Mato Grosso e não poderia chegar. Os demais advogados que defendiam o réu foram destituídos por Bola, e não poderiam fazer a defesa.
Apesar do adiamento, a juíza Marixa Rodrigues e o promotor do caso julgaram injustificável a ausência do advogado. Com isso, a Defensoria Pública foi convocada e estará presente na nova data estipulada para o julgamento e poderá substituir a defesa de Bola, caso ela não compareça.
Santos também é réu no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Segundo o Tribunal de Justiça, foi durante as investigações desse caso, que testemunhas do assassinato do carcereiro reconheceram Bola por imagens divulgadas na imprensa.
Segundo denúncia do Ministério Público, Bola matou a tiros o carcereiro que estava dentro de um veículo no bairro São Joaquim, em frente ao local onde a vítima trabalhava. Para a acusação, o crime teria sido encomendado, uma vez que Bola e a vítima não se conheciam.
No caso que apura o desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, Bola é apontado como autor do assassinato e deverá responder por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Outras seis pessoas também devem ser julgadas pelo crime no próximo mês.