Oito milicianos integrantes do grupo Liga da Justiça, que teriam participado no ano passado de uma chacina em Inhoaíba, na zona oeste do Rio de Janeiro, foram denunciados na terça-feira pelo Ministério Público do Estado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca da Capital (1º Tribunal do Júri), Fábio Uchôa Pinto de Miranda Montenegro, acolheu pedido feito pelo MP e decretou a prisão preventiva de todos eles.

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Foram denunciados Ricardo da Costa Santana, Reinaldo Ramos Lobo, Bruno Barbosa da Silva, Márcio Fernando Barbosa, Adriano Mendes Rodrigues Vilela, Jadir Jerônymo Junior, Everton Douglas de Farias Sales e Maciel Valente de Souza. Junto com um adolescente e um homem não identificado, eles teriam matado quatro pessoas a tiros no último dia 30 de junho.

O crime ocorreu em uma residência. As vítimas foram identificadas como Vicente de Souza, Denilson Cardoso de Paula, Maria José da Silva Cardoso de Paula e Carlos Alberto Antonio da Silva.

 

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O objetivo do grupo, segundo a denúncia, era intimidar Vicente da Silva Junior, parente das vítimas, que figura como testemunha de crimes praticados pela milícia, como a chamada chacina do Barbante, ocorrida em agosto de 2008. Após os homicídios, a quadrilha teria ocultado os cadáveres. O corpo de Vicente de Souza, de 89 anos, foi encontrado posteriormente em um cemitério clandestino.