A Justiça de Poços de Caldas (MG) indiciou na quarta-feira, 26, mais nove médicos por envolvimento na chamada “Máfia dos Órgãos”. A decisão foi tomada um dia após o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) manter as condenações no primeiro processo que já foi julgado e que chegou agora a segunda instância.

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Dessa vez, os citados estão sendo denunciados por retirada ilegal de órgãos e homicídio qualificado. O juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro disse ter acatado três novas denúncias do Ministério Público contra esses profissionais que também teriam envolvimento no caso. São duas médicas e sete médicos que poderão ser mandados a júri popular ao final do processo.

 

Os envolvidos são anestesistas, neurocirurgiões e clínicos gerais. Eles estariam envolvidos na retirada ilegal de órgãos de pacientes como o menino Paulo Pavesi, de 10 anos, que morreu há quase 14 anos. O caso ganhou repercussão internacional e gerou várias ações na Justiça. Neste mês quatro médicos tiveram a prisão decretada, mas um deles fugiu e é considerado foragido.

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Penas

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Na terça-feira, 25, o TJ-MG manteve aos quatro médicos as condenações relacionadas ao transplante e remoção de órgãos de José Domingos de Carvalho, de 38 anos, que morava em Bandeira do Sul (MG). Mas as penas, que passam de 11 anos de prisão em regime fechado, foram reduzidas em até cinco anos por serem consideradas exageradas.

Nesse processo, eles foram condenados por homicídio doloso, compra e venda de órgãos humanos, violação de cadáver e realização de transplante irregular.